Movimentos Sociais São Ouvidos em Reunião Preparatória para a COP 30 em Belém

Movimentos sociais foram protagonistas na primeira reunião do Grupo de Trabalho Técnico da COP 30, em Belém. Representantes da sociedade civil, do Governo do Pará e da Prefeitura participaram da construção coletiva da proposta de participação social no evento climático mais importante do mundo. A escuta ativa das vozes amazônicas promete marcar a diferença nesta edição histórica da conferência.

COP 30

Redação Educação Ribeirinha

4/16/2025

Na última terça-feira (15), o Grupo de Trabalho Técnico (GTT) da Secretaria-Geral da Presidência da República deu início às atividades voltadas à construção da participação social na COP 30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). Em sua primeira reunião, o GTT reuniu representantes de movimentos sociais, do Governo do Pará, da Prefeitura de Belém e da Secretaria Extraordinária da COP 30 para ouvir propostas e alinhar estratégias.

O encontro reforça o compromisso do governo federal com um processo democrático e participativo, especialmente em um evento de alcance global como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Na abertura, o ministro Márcio Macêdo deu boas-vindas aos participantes e destacou o simbolismo da COP 30 ser realizada em território amazônico:

“Não é uma COP qualquer. É a COP da Amazônia, do Brasil, da América do Sul. Vamos ficar ‘roucos’ de tanto ouvir os movimentos. Nossa missão é garantir que todas as vozes estejam representadas”, declarou o ministro.

Durante a reunião, os representantes dos movimentos sociais puderam apresentar ideias sobre o formato da participação popular no evento. As sugestões serão organizadas pelo GTT, que se comprometeu a construir um modelo de participação amplo, inclusivo e representativo.

Além disso, foi apresentado um cronograma de encontros entre o GTT e os movimentos, reforçando que a construção da COP 30 será feita de forma contínua e colaborativa.

Para Rud Rafael, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a iniciativa é um marco:

“Essa escuta ativa fortalece os laços entre os movimentos e o poder público. É fundamental para pensar uma COP que leve em conta não só o presente, mas também uma agenda de futuro.”

Pedro Ivo Batista, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS), também ressaltou o papel do Brasil neste momento:

“O país pode inovar ao incluir a sociedade civil na construção de um novo modelo de participação. A COP é global, mas o Brasil está fazendo a sua parte ao ouvir sua gente.”

A realização da COP 30 em Belém não é apenas um reconhecimento da importância da Amazônia no debate climático — é também uma chance histórica de mostrar ao mundo a força da mobilização social brasileira e amazônica.

Foto: GRACCHO\SGPR