Contrato de Quase R$ 500 Milhões para a COP-30 Gera Questionamentos na Câmara dos Deputados
O contrato de quase R$ 500 milhões firmado entre o governo brasileiro e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para a organização da COP-30, em Belém, levanta questionamentos na Câmara dos Deputados. Parlamentares cobram transparência e pedem informações detalhadas sobre os critérios e a justificativa do investimento. Entenda o que está em debate e o impacto político desse contrato milionário.
COP 30
Redação Educação Ribeirinha
4/12/2025
A escolha da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), sediada na Espanha, para coordenar a organização da COP-30 em Belém do Pará está gerando repercussão no Congresso Nacional. O contrato firmado entre o governo brasileiro e a entidade internacional, no valor de R$ 478 milhões, levantou dúvidas entre parlamentares sobre a transparência e os critérios utilizados na contratação.
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou um requerimento de informação solicitando mais detalhes sobre o acordo. Para ele, é essencial que existam indicadores objetivos que permitam avaliar a eficiência e o retorno do investimento, considerando a magnitude do valor envolvido.
“A ausência de métricas bem definidas pode gerar dúvidas sobre a proporcionalidade do investimento em relação ao retorno esperado para o país”, destacou o parlamentar. “É imprescindível que o governo esclareça quais mecanismos foram estabelecidos para acompanhar a execução do contrato e garantir a boa aplicação dos recursos públicos.”
O contrato com a OEI foi publicado no Diário Oficial da União em dezembro de 2024, e prevê a realização de atividades administrativas, culturais, educacionais, científicas e técnico-operacionais voltadas à organização da COP-30, a maior conferência climática do planeta, que acontecerá em Belém, no coração da Amazônia, em 2025.
Segundo a reportagem da CNN Brasil, o crescimento expressivo de contratos entre o governo federal e a OEI também chama atenção. De aproximadamente R$ 50 milhões em anos anteriores, os valores saltaram para quase R$ 600 milhões em 2024 — o que, para alguns parlamentares, exige uma justificativa técnica clara e uma análise de custo-benefício detalhada.

